sexta-feira, 11 de março de 2011

Bullying

                   Nessas férias, tive a oportunidade de ler este excelente livro: Bulliyng - “mentes perigosas na escola”, de Ana Beatriz Barbosa Silva. E percebi que, para minha tristeza, o problema é mais sério do que muitos imaginam. Trata-se de uma praga que tem assolado crianças, adolescentes e jovens no mundo todo. Prova disso é que o presidente americano lançou na última semana uma campanha em seu país contra essa prática cruel.
                   Como não me considero um estraga prazer e como o objetivo é despertar o interesse pela leitura do livro, não entrarei muito no seu conteúdo. Porém, não poderia deixar de dizer que o fato de a autora ser professora e médica psiquiatra a gabaritou, a meu ver, a falar de maneira clara sobre as numerosas consequências que o Bulliyng pode trazer.
                   É inegável, portanto, a necessidade de que se tome medidas para conter o avanço do Bulliyng no ambiente escolar. Sendo assim, entendo que a participação de professores, orientadores pedagógicos, direção e pais é essencial para vencer tal batalha. A escola deve ser um ambiente de aprendizagem onde o respeito, o companheirismo e a amizade devem sempre prevalecer sobre preconceitos e agressões, físicas ou psicológicas.
  

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ser professor é...


                  Ser professor é conseguir fazer com que o aluno sinta a necessidade de ouvir o que você tem a dizer. É saber que você não é o dono da verdade e que podemos e devemos, sim, aprender com os alunos.
                   Ser professor é reclamar, reclamar, mas não conseguir ficar fora da sala de aula. É também ter condição de administrar uma turma lotada com várias crianças ou adolescentes, falando de uma só vez. É saber que na rede pública você trabalhará em condições precárias e que na rede privada não terá a autonomia que deseja.
                    Ser professor é ter a compreensão de que o magistério é um dom e que uma vez inserido nessa profissão a probabilidade de abandoná-la é quase nula. E, talvez o principal, saber o quanto podemos influenciar de forma positiva ou negativa na vida dos alunos.
                    Por fim, ser professor é lutar contra forças “ocultas” que se esforçam a cada dia para que nossos alunos não tenham condições de discernir a diferença entre o certo e o errado e para que se tornem alienados nesta desigual sociedade.  Ser professor é ser conhecido na rua por um aluno ainda que você não se lembre dele. Ser professor é...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Entrevista - Professor Victor Hugo.

        Conforme combinado na postagem anterior, segue abaixo a entrevista realizada com o Prof. Dr. Victor Hugo Adler, professor do Instituto de Letras da UERJ, ao final da disciplina História da Profissão Docente.

1)      formação acadêmica;
No ensino fundamental fui da 5ª à 8ª série do Colégio Marista São José. O ensino médio cursei no Colégio de Aplicação da UERJ, em um curso experimental chamado de Estudos Sociais (com formação carregada nas disciplinas de Ciências Humanas e Sociais,  História, Sociologia, Economia, Psicologia e Literatura com muita exigência).  Este curso foi extinto no ano seguinte àquele em que me formei (ou seja, me formei em 1968, e após o AI-5, o curso foi extinto e os professores demitidos). Cursei a graduação em Letras (português-literaturas de língua portuguesa), na UFRJ, terminando o curso em 1975.  Depois, fiz Mestrado em Literatura Brasileira na PUC-RJ, terminando em 1981;  Especialização em Literaturas Africanas Lusófonas na Universidade de Rennes II (França), em 1982/1983, lá iniciando um Doutorado que não terminei.  Cursei o Doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ, defendendo tese em 1995.
2)      momento de entrada na área da Educação e sua trajetória;
Comecei a lecionar no ensino privado em 1973, na 7ª e 8ª séries e no chamado “colegial” (ensino médio) e também em cursos de vestibular e de preparação a exames de artigo 99.  Eram cursos com grandes turmas no centro da cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso, ainda quando terminava o curso de Letras.  Havia trabalhado nos primeiros anos da faculdade em editoras, e pretendia ser tradutor ou trabalhar em editoras, em outras funções (conforme experimentei por uns dois anos).
3)      como o senhor enxerga os alunos de hoje em comparação com o senhor quando era aluno?
Acho difícil comparar.  Tínhamos mais prática de redação, um domínio mais seguro do uso da modalidade culta da língua. Quando digo “tínhamos”, refiro-me ao percentual da sociedade brasileira que tinha acesso à educação formal nas últimas séries do ensino fundamental e médio. Quantos  éramos “nós”?  Houve uma massificação do ensino com perda de qualidade, porque foi feita, no regime militar, com fins estatísticos, de controle comportamental e também de adestramento de mão de obra para funções subalternas. Manteve-se, em uma faixa do ensino privado e em escolas mantidas pelo dinheiro público em especial federais (os “colégios de aplicação” das universidades e o Colégio Pedro II, com altos e baixos temporários, algumas escolas técnicas, principalmente federais). Nestes forma-se uma elite dirigente, pensante ou capaz de ser uma linha de excelência na área técnica. Nos outros colégios públicos, adotou-se a opção (que alguns diretores e professores tentam subverter) de formar mão de obra dócil e barata.
4)      qual a sua opinião em relação aos professores do ensino fundamental e nível médio, tendo em vista o grande número de profissionais que têm se afastado do magistério por conta de problemas relacionados à conduta dos alunos?
Considero que os professores, muitas vezes, têm inicialmente vontade de acertar e exercer dignamente a sua profissão, mas se vêem cercados de situações extremamente adversas:  a violência e a brutalidade reinantes em comunidades periféricas pobres ou de alta classe média (igualmente, segundo minha experiência em escolas privadas de classe média alta muito corrompidas por uma cultura de desdém ao conhecimento). Os salários são irrisórios, em especial se comparados aos de quaisquer outras carreiras de nível superior. As autoridades de ensino privilegiam as estatísticas e tratam com brutalidade e desrespeito os professores. Os meios de comunicação e a opinião pública associam professores a “desvalidos”, fracassados e “otários”...   Nosso último presidente, com curso superior, intelectual reconhecido na academia, FHC, declarou (e guardo em meu arquivo o recorte de jornal noticiando o fato) que quem se mantinha como professor era incapaz, quem era capaz na universidade virava pesquisador... E o tratamento que concedeu ao ensino em todos os níveis correspondeu a essa máxima... Uma declaração dessas era para ter provocado uma paralisação total do ensino, até que a autoridade se retratasse publicamente, mas a maior parte dos professores vive uma baixa auto-estima, provocada pelo próprio desprezo no meio familiar a sua opção profissional. Isso obviamente reflete na atitude dos pais - que podem, por isso, desconfiar dos professores e  desautorizá-los – e de seus filhos crianças e adolescentes – que tratam os professores na medida das representações sociais dominantes. A mudança dessa situação só pode se dar por uma perspectiva que implique uma proposta de atuação construtiva dos professores em projetos mais amplos de transformação social. Pode-se experimentar algum efeito disso em ambientes localizados (uma determinada escola – como já pude experimentar no ensino médio em escola pública do estado no centro do Rio de Janeiro), ou em cursos de formação para uma área específica. Mas uma transformação de alcance mais amplo, a meu ver, só poderá ocorrer com um movimento que envolva outros setores da sociedade num projeto mais amplo. 
  
5)      qual a sua opinião em relação à direfença existente entre a remuneração oferecida aos professores da esfera estadual e federal?
No momento atual, os professores federais têm um salário muito melhor que os de alguns estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo, em todos os níveis (nos colégios do estado de ensino médio, que fica a cargo do estado, e nas universidades como a USP e a UNICAMP e a UERJ).  Releve-se que, pela primeira vez, o campus da USP foi invadido pela polícia estadual para reprimir manifestação de professores e estudantes. Isso retrata um tipo de escolha política que citava acima: perspectivas que desprezam a formação escolar ou acadêmica e privilegiam os negócios, a formação de mão de obra submissa e  eficiente para “executar tarefas” docilmente no mundo do trabalho – de governantes medíocres, como o casal Garotinho ou comprometidos com o serviço direto ao mundo empresarial como atualmente os quadros do PSDB.  Acontece que, como tenho observado, esse tipo de perspectiva começa a se revelar limitada para os fins de expansão da indústria e dos negócios que se apresenta como horizonte.  E setores do empresariado começam a questionar publicamente, em debates televisivos, por exemplo, a mediocridade evidente dessas propostas de “ensino barato” e desqualificado...
6)      qual o seu grau de satisfação na profissão?
Como afirmei, no início, não esperava ser professor. Meu pai era médico e também professor.  Um professor de matemática muito querido e que, ao ensinar, obrigava a pensar e indagar sobre os caminhos da compreensão – talvez essa tenha sido uma das lembranças mais positivas associadas a meu pai.  Todos, menos um, de meus quatro irmãos, exerceram o magistério como função principal ou paralela a outras atividades profissionais. Talvez para eles essa imagem tenha influenciado também...  Comecei a dar aulas, em um colégio pequeno, a conselho de meu pai, diante das dificuldades do mercado editorial (alguns colegas da Faculdade de Letras vivem até hoje fora do magistério em outras funções ligadas à área, como eu pretendia).  No entanto, senti no primeiro dia dessas aulas  para melhorar minhas finanças de estudante, senti que tinha encontrado uma função que ia ter sentido em minha vida. Em seguida, os colegas de Faculdade, que encararam sem nenhuma dúvida minha entrada no circuito de cursinhos preparatórios e colégios particulares,  começaram a me oferecer aulas aqui e acolá. Fui-me envolvendo e me preparando, a partir daí, encontrando um novo sentido para estudar e uma nova curiosidade... e, depois, um sentido para participar das lutas sindicais, colaborar na criação do SEPE. Trabalhei mais de 17 anos no ensino médio, depois de uma época, somente em colégios do estado, paralelamente a faculdades particulares (de Letras e de Comunicação).  Sinto que fiz bem em escolher continuar no magistério. È muito gratificante ser professor:  me permite ter contato constante com as mudanças de comportamento das novas gerações, conhecer uma variedade enorme de modos de ser e agir, travar contato com pessoas muito interessantes, enfrentar verdadeiros desafios.  Foi uma escolha muito feliz em minha vida.  È uma profissão que pode ser encarada como uma fonte de vitalidade!    
Reitero o agradecimento ao ilustre professor Victor Hugo Adler.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Profissão docente.

   
      Neste período, tive a oportunidade de cursar uma disciplina eletiva chamada História da Profissão Docente. Por ser uma disciplina eletiva, estávamos reunidos entre alunos de Geografia, Matemática, Letras, Física e, claro, nós os Pedagogos, os anfitriões. Para nosso prazer, tivemos debates acalorados mediados pela querida professora Rose Maria Vieira.
                  Pontos como remuneração, autonomia na sala de aula, autoestima e o número elevado de professores que hoje sofre com doenças relacionadas ao estresse imposto pela profissão, como a síndrome de pânico, foram discutidos.
                  A pedido da professora, tivemos de apresentar como trabalho final uma entrevista com algum profissional da carreira docente. Sendo assim, tive a oportunidade de entrevistar um renomado professor da faculdade de letras da UERJ. Entrevista essa que será anexada como próximo pôster deste blog.
                   Aproveito a oportunidade para agradecer à professora Rose Maria Vieira por conduzir esta disciplina com tanta dedicação e afinco, qualidades que enriquecem nossa profissão...

sábado, 20 de novembro de 2010

EAD - parte 2

Neste semestre, tivemos a oportunidade de participar de uma pesquisa direcionada a entender um pouco mais do dia a dia de alunos do consórcio CEDERJ.
Ao fazer uma visita ao pólo de tutoria localizado na UERJ, conhecemos uma aluna do curso de Pedagogia do quarto período e, após uma conversa, conseguimos deixar com ela um diário para que, num decurso de uma semana, fosse registrada sua rotina de estudo e um pouco de sua história. A seguir, serão expostas algumas informações obtidas através da pesquisa em tela.
A aluna teve conhecimento do vestibular do consórcio CEDERJ através de uma amiga e, durante o período de um ano e oito meses, estudou e fez provas, porém, sem sucesso. No entanto, sua persistência foi coroada mais à frente com a aprovação. Formada em 1975 no curso normal de formação de professores, ela voltou a se dedicar aos estudos mais de trinta anos depois. Seu objetivo de fazer o curso semipresencial estava associado à possibilidade de planejar seus horários.
Em seu entendimento, ser disciplinado é fundamental para o aluno do curso à distância, temos como exemplo o fato de ela reservar diariamente quatro horas para estudo. A interação com os colegas, por meio de e-mail ou telefone, também é importante. A importância da tutoria presencial realizada no pólo também é de grande ajuda à medida que possibilita ao aluno tirar suas dúvidas. O começo foi difícil devido à necessidade de estabelecer uma rotina de estudo e ter que lidar com a tecnologia.
Outros desafios estiveram e estão presentes nessa trajetória, como, por exemplo, a internet que cai, a plataforma que não carrega, o atraso nas postagens de avaliação, a tinta da impressora que acaba e o computador que fica lento. Tais desafios são os mesmos que milhares de alunos em todo Brasil enfrentam todos os dias, sem contar com a dificuldade que muitos têm de conseguir até mesmo o dinheiro de passagem para freqüentar o pólo nas tutorias presenciais.
É verdade que sempre existirão os cursos sérios e aqueles mais comprometidos com a comercialização da educação, no entanto esta é uma realidade do sistema educacional por completo e não somente da EAD.
Ao fazer uma análise da presente pesquisa, fica evidente a importância do ensino à distância, pois têm proporcionado a pessoas impedidas de fazer cursos presenciais por inúmeros motivos a chance de concluir a graduação. Contudo, os avanços tecnológicos vêm contribuindo cada vez mais para a expansão dessa modalidade de ensino.
Por fim, aproveito a oportunidade para agradecer às professoras Wania Clemente e Lígia Leite por me conduzirem neste universo até então desconhecido da EAD.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma boa pedida ...

                         Estive, nesta quarta-feira, visitando o museu da Ciência e Vida situado no município de Duque de Caxias e fiquei muito feliz de ter tido a oportunidade de assistir a uma exposição temporária intitulada “A revolta da Vacina”.
                   Nessa bela exposição, podemos conhecer mais sobre a vida do grande Oswaldo Cruz e sua luta árdua para eliminar doenças como a varíola, febre amarela e peste bubônica. Também, nos é apresentado um belo filme dirigido por Silvio Tendler e estrelado por Marcos Palmeiras, que interpretou o grande Oswaldo.
                   O filme relata momentos históricos, como a construção das dependências da Fundação Oswaldo Cruz. Revela-nos também que Oswaldo Cruz e outros pesquisadores ficavam semanas, reunidos, no centro de pesquisas, estudando. Porém, como a exposição ficará exposta até 31 de dezembro, não entrarei em mais detalhes, pois espero que este texto seja lido pelo menos por uma pessoa e que ela tenha curiosidade de visitar a exposição. Entretanto, não poderia deixar de dizer que este belo museu é equipado com um planetário que, infelizmente, devido ao horário de funcionamento, não pude conhecer, fato esse que me instigará a fazer uma nova visita.
               Como ponto negativo, destaco o velho hábito brasileiro de entregar obras sem que essas estejam finalizadas. O prédio ainda terá três andares que não estão à disposição da população. Por fim, quero dizer que, como cidadão duquecaxiense, sinto-me orgulhoso de ter um ponto cultural como esse em nossa cidade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Domingo de Eleição - parte 2


                  No dia em que o Brasil fez história elegendo pela primeira vez uma mulher para presidente, dois pontos me chamaram atenção nas seções eleitorais: o quanto foi mais fácil votar apenas uma vez em comparação com os seis votos do primeiro turno e o número de abstenções do segundo turno, fato evidenciado durante todo o dia à medida que passávamos em outras seções e víamos que o marasmo era total.
                  A constatação veio através da impressão dos resultados pela urna eletrônica. Em números exatos, de um total de 395 eleitores da seção em que trabalhei foram apurados 304 votos, ou seja, 90 eleitores se ausentaram, quase o dobro de abstenções do primeiro turno. O Tribunal Superior Eleitoral já divulgaria no final do dia que cerca de 21,5%  do eleitorado não compareceu à votação, estabelecendo, assim, um recorde desde a redemocratização.
                  Por fim, gostaria de acrescentar que não vejo a hora de receber uma nova convocação para prestar minha singela contribuição como cidadão brasileiro trabalhando nas próximas eleições . E esta satisfação nada tem a ver com o maravilhoso “lanchinho” oferecido e o generoso vale-refeição no valor de 17,00 reais.

domingo, 17 de outubro de 2010

EAD - parte 1

                     
                  No primeiro semestre de 2008, ao ingressar na faculdade de pedagogia, tive a oportunidade de ter meu primeiro contato com a EAD. Este primeiro contato se deu por meio da matéria PPP - Prática de pesquisa pedagógica - uma matéria que nos acompanha do primeiro ao sexto período. Porém, nessa ocasião, eu estava direcionado a fazer uma matéria relacionada a crianças e jovens com necessidades especiais. Entretanto, devido à falta de vagas, eu fui parar em uma sala de EAD e fui sincero ao dizer para a professora que a ideia principal era estar em outro lugar. Mas, como o desconhecido muitas vezes assusta, eu pude perceber que estava revestido de um preconceito no que diz respeito a essa modalidade de ensino.
                  Com o passar do tempo, fui notando o quanto aprender sobre EAD me ajudava a enxergar a importância dessa área da educação. Informações como profissionais gabaritados que atuam na área, instituições de ensino respeitadas como as que participam do consórcio CEDERJ e materiais de boa qualidade me ajudaram a ver que estava errado e, é claro, que esta nova visão foi construída com a ajuda da professora.
                  Uma informação até certo ponto simples que me chamou a atenção foi quando a professora explicou que assim como em um curso presencial nós podemos ter professores bons e ruins o mesmo ocorre na EAD. Hoje, eu acredito que a participação de instituições de ensino que promovem esta modalidade com intuito meramente comercial ajuda a gerar este preconceito.
                  Desde então, passaram-se seis períodos, troquei de turma, mas continuei adquirindo conhecimento no que diz respeito à educação à distância. Poderia citar a leitura do livro “Educação em rede – Uma visão emancipadora”, de  Margarita Victoria Gomes, que, em minha opinião, traz informações importantíssimas a respeito deste universo. Posso destacar o capítulo cinco que nos chama atenção ao desenho no projeto pedagógico da web. 
                  Gostaria de citar ainda a importância do profissional designer educacional, que tem a responsabilidade de coordenar as atividades de montagem do curso de educação na internet. Porém, esse processo é composto de profissionais de várias áreas como psicólogos, sociólogos, pedagogos. A interação desses profissionais poderá proporcionar um material produtivo, unindo um texto muito bem escrito com elementos gráficos de boa qualidade. Ademais, o bom desenvolvimento deste material pode ser o fiel da balança para o sucesso de um curso de EAD.
                   Sendo assim, creio que desde o primeiro contato com a Educação à distância até hoje minhas convicções foram drasticamente alteradas a ponto de poder dizer que não desconsideraria esta área como uma futura fonte de ingresso no mercado de trabalho.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Domingo de Eleição

         
            No último domingo, acordei às seis da manhã e, como boa parcela de brasileiros, parti para cumprir mais uma vez meu papel nas eleições, trabalhando como mesário.

            Ao fazer uma análise geral, posso dizer que, com exceção da falta de tinta na carimbeira utilizada pelos eleitores não alfabetizados, a falta de fitas para colar as listagens de candidatos e a falta de precisão na ordem alfabética dos cadernos de assinatura dos eleitores, tudo correu tranquilamente.

            Um fato que me chamou a atenção foi a quantidade de eleitores que não compareceram em minha seção. Em um total de aproximadamente 395 eleitores, pelo menos 50 não votaram.

            Outro ponto interessante é o número de “voluntários” que reclamam dizendo que não querem mais trabalhar nas eleições. Esses são em número muito superior àqueles que se dizem satisfeitos. No entanto, ao final da votação, reunidos para levarmos as urnas até a sede onde a equipe do TRE estava alocada, pude perceber que todos brincavam contando os acontecimentos do dia e não observei ninguém com mau-humor aparente.

            O que me impressionou foi a quantidade de eleitores que chegavam às seções sem a menor ideia de em quais candidatos votar ou sequer dos cargos que estavam sendo disputados.

            Um ocorrido que me surpreendeu negativamente, ou, melhor dizendo, indignou, foi o comentário infeliz de um mesário ao final do dia: “Só no Brasil mesmo para analfabeto votar”. Muito provavelmente o analfabeto a que ele se referia pode até não saber ler, mas é bem possível que não seja ignorante como ele, que não sabe que os analfabetos conhecem os números e só precisam saber as cores dos botões de CORRIGIR e CONFIRMAR para votar. De minha parte, é inaceitável conceber esse tipo de declaração, vez que não consigo entender como alguém pode desconsiderar essa grande massa de brasileiros que muito contribui com sua força de trabalho para o desenvolvimento do país.

            Por fim, só posso acrescentar que acordar todo domingo e ir à feira tomar caldo de cana com pastel pode custar até oito reais, mas trabalhar no domingo de eleição NÃO TEM PREÇO.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Primeiro passo.

             Primeiramente, tenho por objetivo explicitar o porquê do tema do meu blog, visto que a escolha vai muito além do ato de estar cursando a Faculdade de Pedagogia. O objetivo principal era utilizar um tema que pudesse abordar diferentes assuntos. Segundo o dicionário de língua portuguesa "Silveira Bueno", pedagogia significa ciência da educação; conjunto de doutrinas e princípios que visam a um programa de ação; estudo dos ideais de educação, segundo determinada concepção de vida, e dos meios mais eficientes de realizá-los.
             Assim sendo, no meu entendimento, a Pedagogia está à nossa volta a todo momento, no nosso trabalho, na escola, na faculdade, dentro de nossas casas, sim, dentro de nossas casas, pois, até de forma inconsciente ou imperceptível, nossos pais e os pais de nossos amigos utilizam-se da Pedagogia  para nos ensinar.
             Como exemplo de formas distintas de aplicação de métodos pedagógicos, eu posso citar o esporte e mais especificamente o vôlei. Ou alguém duvida da competência dos técnicos José Roberto Guimarães e Bernardinho? O primeiro tem por hábito passar as informações durante as partidas de maneira contida, enquanto o segundo é notadamente conhecido pela forma agitada e  até aparentemente descontrolada de lidar com seus comandados.
             Assim, sempre que possível, este blog abordará temas variados, pois acredito que a Pedagogia  está a todo  momento em muitos lugares. Todavia, assuntos relacionados à educação sempre terão um enfoque especial, inclusive porque, a cada dia, este tema me traz mais interesse e paixão.